"Jesus, porém, guardou silêncio." (Evangelho de Mateus)
Nessa época do ano, que antecede as comemorações do natal, há uma grande agitação em todas as pessoas. As lojas, shoppings, mercados, o comércio em geral parecem que vão explodir, tal e qual uma grande panela fervilhando sem válvula de escape.
Nas lojas, ouvem-se sons de harpas tocando “Jingles Bell” interminavelmente a ponto de deixar qualquer um irritado. Ouve-se o som da agitação, da oportunidade, da solidariedade, das campanhas publicitárias e de tantos outros que acabamos por perder a real noção do que vamos comemorar.
Sei que, historicamente, nada se pode provar em relação ao nascimento do Cristo, nesta época do ano, mas quero aproveitar exatamente essa época em que se “comemora” sem se comemorar nada, para caminhar na direção oposta. O que precisamos mesmo é fazer como Jesus fez diante de um momento tão decisivo de sua vida: “guardar silêncio”. Estamos preocupados demais em querer fazer nossa voz ser percebida, nosso direito ser preservado, nossa festa ser jubilosa que nos esquecemos de fazer silêncio e deixar simplesmente que o Eterno fale em nós, por nós e para nós, mesmo que para isso Ele tenha que simplesmente ficar em silêncio.
Quero me recordar de dois momentos cruciais na história da humanidade:
O primeiro, quando em um lugar simples, sem nenhuma pompa, nascia um menininho de aparência comum a tantos outros meninos que nasceram no mesmo dia. Acompanhado por sua corte, formada por alguns animais ele não foi recebido com brilho, fogos, festas, comidas, bebidas, roupas novas, mas simplesmente com o olhar atento de sua mãe e de seu pai. Embora em meio a tanta carência de luxo, esse menino nascera para reinar.
Se sua mãe estivesse grávida hoje, com certeza ela não teria dificuldades de encontrar lugar para o nascimento. Sua mãe, no lugar de ter problemas por não encontrar lugar onde pousar, teria problemas para escolher em que lugar pousar. Já posso até imaginar igrejas anunciando: “venham ver o nascimento do filho de Deus e aproveite para levar pra casa um pedaço do tecido que será usado para cobrir o menino”. Todas as emissoras de rádios evangélicas fariam suas chamadas, todos os canais evangélicos dariam sua participação. Seria uma festa, se não fosse deprimente e vergonhoso. Contudo, Ele nasceu lá, naquela época em que ninguém quis fazer festa ou seque saber de seu nascimento. Nasceu no silêncio de uma madrugada, silêncio cortado apenas pelo som dos animais e de sua mãe que lhe dava a vida em meio a dores de parto.
O Segundo momento não é um momento de silêncio, mas é um momento de gritos desesperados por alguém que se vai. É o momento do julgamento, das chicotadas que dilaceravam carne e coração. É o momento do sangue que se esvai e de suores que ardem nas feridas. É o momento da dor de quem apanha e se fere, mas também de quem vê e se fere na alma.
Existe porem um momento que quero destacar: o momento do julgamento. Nesse momento, ao ser inquirido pelas autoridades religiosas sobre a sua natureza, aquele que outrora era menino e agora um homem responde de uma forma totalmente surpreendente. Ele guardou silêncio.
Não era um silêncio eterno de morte. Não era um silêncio de quem se acovarda ou de quem se dá por vencido, mas um silêncio de quem não deseja mais ouvir o que é efêmero. É um silêncio para ouvir o que realmente importa ouvir: A voz do Pai, mesmo que vivenciada na quietude total.
A força desse silêncio, produziria momentos mais tarde um grande brado; um grito que soa não como a última palavra de um derrotado, mas como as primeiras palavras de um vitorioso: “está consumado”. Depois dessas palavras o que se pode ouvir Dele é somente o Silêncio.
Meu convite a você, que de vez em quando passeia por esses textos é que você se dê a chance de ouvir esse momento de Deus em sua vida. Ouvir o silêncio. Ouvir a quietude. Ouvir a voz do Pai, que já consumou a sua parte e espera somente que você faça a sua. Faça como o filho, guarde silêncio, pois o pai é muito educado e não falará enquanto estivermos falando.
Silêncio...
Silêncio...
Ouça a Voz do Pai, mesmo que em Silêncio.
Feliz Natal? Você é quem vai decidir se souber ouvir o Silêncio.
Nessa época do ano, que antecede as comemorações do natal, há uma grande agitação em todas as pessoas. As lojas, shoppings, mercados, o comércio em geral parecem que vão explodir, tal e qual uma grande panela fervilhando sem válvula de escape.
Nas lojas, ouvem-se sons de harpas tocando “Jingles Bell” interminavelmente a ponto de deixar qualquer um irritado. Ouve-se o som da agitação, da oportunidade, da solidariedade, das campanhas publicitárias e de tantos outros que acabamos por perder a real noção do que vamos comemorar.
Sei que, historicamente, nada se pode provar em relação ao nascimento do Cristo, nesta época do ano, mas quero aproveitar exatamente essa época em que se “comemora” sem se comemorar nada, para caminhar na direção oposta. O que precisamos mesmo é fazer como Jesus fez diante de um momento tão decisivo de sua vida: “guardar silêncio”. Estamos preocupados demais em querer fazer nossa voz ser percebida, nosso direito ser preservado, nossa festa ser jubilosa que nos esquecemos de fazer silêncio e deixar simplesmente que o Eterno fale em nós, por nós e para nós, mesmo que para isso Ele tenha que simplesmente ficar em silêncio.
Quero me recordar de dois momentos cruciais na história da humanidade:
O primeiro, quando em um lugar simples, sem nenhuma pompa, nascia um menininho de aparência comum a tantos outros meninos que nasceram no mesmo dia. Acompanhado por sua corte, formada por alguns animais ele não foi recebido com brilho, fogos, festas, comidas, bebidas, roupas novas, mas simplesmente com o olhar atento de sua mãe e de seu pai. Embora em meio a tanta carência de luxo, esse menino nascera para reinar.
Se sua mãe estivesse grávida hoje, com certeza ela não teria dificuldades de encontrar lugar para o nascimento. Sua mãe, no lugar de ter problemas por não encontrar lugar onde pousar, teria problemas para escolher em que lugar pousar. Já posso até imaginar igrejas anunciando: “venham ver o nascimento do filho de Deus e aproveite para levar pra casa um pedaço do tecido que será usado para cobrir o menino”. Todas as emissoras de rádios evangélicas fariam suas chamadas, todos os canais evangélicos dariam sua participação. Seria uma festa, se não fosse deprimente e vergonhoso. Contudo, Ele nasceu lá, naquela época em que ninguém quis fazer festa ou seque saber de seu nascimento. Nasceu no silêncio de uma madrugada, silêncio cortado apenas pelo som dos animais e de sua mãe que lhe dava a vida em meio a dores de parto.
O Segundo momento não é um momento de silêncio, mas é um momento de gritos desesperados por alguém que se vai. É o momento do julgamento, das chicotadas que dilaceravam carne e coração. É o momento do sangue que se esvai e de suores que ardem nas feridas. É o momento da dor de quem apanha e se fere, mas também de quem vê e se fere na alma.
Existe porem um momento que quero destacar: o momento do julgamento. Nesse momento, ao ser inquirido pelas autoridades religiosas sobre a sua natureza, aquele que outrora era menino e agora um homem responde de uma forma totalmente surpreendente. Ele guardou silêncio.
Não era um silêncio eterno de morte. Não era um silêncio de quem se acovarda ou de quem se dá por vencido, mas um silêncio de quem não deseja mais ouvir o que é efêmero. É um silêncio para ouvir o que realmente importa ouvir: A voz do Pai, mesmo que vivenciada na quietude total.
A força desse silêncio, produziria momentos mais tarde um grande brado; um grito que soa não como a última palavra de um derrotado, mas como as primeiras palavras de um vitorioso: “está consumado”. Depois dessas palavras o que se pode ouvir Dele é somente o Silêncio.
Meu convite a você, que de vez em quando passeia por esses textos é que você se dê a chance de ouvir esse momento de Deus em sua vida. Ouvir o silêncio. Ouvir a quietude. Ouvir a voz do Pai, que já consumou a sua parte e espera somente que você faça a sua. Faça como o filho, guarde silêncio, pois o pai é muito educado e não falará enquanto estivermos falando.
Silêncio...
Silêncio...
Ouça a Voz do Pai, mesmo que em Silêncio.
Feliz Natal? Você é quem vai decidir se souber ouvir o Silêncio.