Uma vez Jesus disse:“quem ouve as minhas palavras e as põe em prática, eu o assemelho ao homem prudente que constrói sua casa sobre a rocha”.
Refletindo nessas palavras do Cristo, comecei a me inquietar com aquilo que chamamos de cristianismo. Uma rápida pesquisa entre aqueles que simpatizam com Jesus Cristo e todos responderão que Cristão é aquele que segue os ensinamentos do Cristo. Penso que essa resposta é extremamente vaga, principalmente pelo fato de que as pessoas religiosas de nossa época tendem a encontrar ensinos de Jesus onde eles inexistem. Na realidade, vivemos em uma sociedade religiosa onde os nossos conceitos de certo e errado é superior aos conceitos expostos pelo filho de Deus. Além disso, estipulamos nossa linha de pensamento e ensino e fazemos uma classificação das pessoas em bom, mal, certo e errado de acordo com a forma em que elas recebem e cumprem o nosso ensinamento e não os do Cristo.Esquecemos com essa atitude que o prudente é aquele que ouve as palavras de Jesus, e não as minhas e as põe em prática.
O que penso que Jesus quis dizer quando falou de prática, é que não existe cristianismo conceitual. A única forma possível de se entender cristianismo autentico é quando colocamos em prática aquilo que é conceito. No contexto do que Jesus disse sobre praticar o que ele ensinava, encontramos uma advertência aos que vivem dizendo “Senhor, Senhor” achando que com um tratamento desse tipo estariam garantindo uma vaga no reino de Jesus. Hoje ainda é assim. Muitos pensam que por que falam o tempo todo da suposta intimidade que tem com o Mestre já estão garantidos no contexto da salvação de uma ira futura. É o velho puxa-saquismo espiritual que tenta através de palavras soltas ao vento mostrar pra Jesus: “olha, Jesus, como eu te trato com distinção! Você não me deixar fora dessa, não é?”. Ou então “Olha, Jesus quantas pessoas eu curei, libertei e quantas profecias eu fiz em teu nome. Meu espaçozinho no teu reino é certo, não é?”
Resta a esse tipo de pessoa a frustração de saber que o Cristo era um homem experimentado em dores e pouco se importa se o chamam de rei ou de servo. Resta-lhes ainda a tristeza em saber que o que garante uma vida no reino de Jesus não é um tratamento lisonjeio, mas cumprir a vontade do Pai que está nos céus. Também não é o que eu faço no âmbito dos grandes milagres que fazem a diferença. As vezes é mais difícil para esse tipo de cristão conceitual, se compadecer do próximo do que curar, libertar ou profetizar em nome de Jesus.
Cristianismo prático é aquele que é exercido entre pessoas e não em conceitos. Se conceitos formassem alguma coisa em alguém, não seria preciso que médicos, advogados, professores, e tantos outros profissionais passassem pela experiência de por em prática o que lhes foi ensinado. Um excelente cirurgião é excelente pela prática que possui e não pelos conceitos sobre o corpo humano que estão arquivados na sua memória.
O cristão é cristão em todo sentido que a palavra pode ter quando sai da esfera do conceito e se lança na prática do cristianismo que foi sintetizado por Jesus em “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”
Há então, uma decisão que precisa ser tomada por aqueles que querem realmente viver um cristianismo de práticas: ou eu ouço as palavras do mestre e as ponho em prática e sou considerado prudente, ou eu ouço e não as pratico e sou considerado insensato e um mero construtor de casas que só servem para desabar.
A escolha sempre será nossa assim como as conseqüências dela.
Seja bem-vindo
A proposta é descrever o que penso, sem o compromisso de fazer pensar como eu penso. É também um questionar de algumas situações que me cercam, me alegram, me incomodam, enfim, me descontroem e me constroem a cada dia. Pensar sem medo de fazer um auto-flagelo de idéias que devem ser maltratadas a ponto de serem expurgadas, se preciso for. Pensar e repensar no que creio e no que deixo de crer.
Se eu conseguir pensar sobre o que penso e de alguma forma multiplicar o que penso, seja para que outros pensem parecido, ou para que outros pensem exatamente o contrário do que penso, me fazendo repensar, ficarei satisfeito.
(no começo, eram reflexões sobre as aulas de Teologia no Centro Universitário Bennet)
29.5.05
26.5.05
Vergonhosamente vivendo a mesma história
Por orientação do Mestre José Magalhães, da faculdade de Teologia, assistimos um filme que contava a história de Martin Lutero. Não era o filme atual recentemente lançado no mercado, mas um mais antigo. A história, porém era a mesma. Este mesmo mestre solicitou que fizéssemos uma crítica do filme. O texto que aqui se segue é a minha crítica que faço do filme relacionando o mesmo com a história da igreja atual.
Só para orientação dos leitores deste blog, que não estão familiarizados com a história da igreja e a história da reforma protestante enumero a grosso modo o que se segue.
1. Jesus Cristo edificou uma só igreja. A pluralidade de igreja que se tem hoje é fruto da nossa incompetência de gerir o que o mestre havia deixado: a unidade do seu corpo.
2. Com o passar dos anos, aquela pequena igreja fundada por Jesus, cresceu e desviou-se do propósito principal do mestre. “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” já não eram pontos importantes na igreja que crescia. Basta dar uma olhada básica nos livros de história e verificar essa realidade.
3. A partir do imperador romano Constantino, o cristianismo passa ser a religião oficial do império.
4. Instigado pelo Papa Leão X, Johann Tetzel começa a vender perdão de pecados (indulgências) para pessoas que estavam vivas, podendo essas comprar para seus queridos que já haviam morrido. As indulgências eram um dos meios utilizados pela igreja para angariar fundos para construção da basílica de São Pedro, em Roma.
5. Em 1517, Matin Lutero, monge agostiniano, publica 95 teses que feriam frontalmente os conceitos de Tetzel, do Papa e expunha este à realidade de que era incompetente para perdoar os pecados dos homens. Dessas 95 teses, surgiu o que conhecemos hoje como igreja protestante, ou reforma protestante.
Assistindo a história contata no filme, fui levado a questionar não aquele momento, pois já é história, mas o momento atual da igreja. É claramente perceptível que muito pouco mudou, e arriscaria dizer que muita coisa piorou de lá pra cá. Assim como se dizia que ao tilintar de moedas nos cofres da igreja, uma alma era liberta do purgatório, hoje, os líderes evangélicos, em sua maioria, que negam o dogma do purgatório passam pela mesma vergonha de valorizar muito mais o que a pessoa tem no lugar de valorizar a pessoa em si. No lugar de um documento que livrava a alma do pagante de todos os pecados (ou de quase todos, dependendo do valor pago), hoje se exibe outros tipos de artifícios para coletar dos fiéis o número máximo de valor monetário. Estamos vivendo dias de um verdadeiro mercado onde a mercadoria principal chama-se graça.(com letra minúscula para diferenciar da Graça de Cristo)
Uma passada rápida pelas principais denominações, e cada qual ao seu modo, relaciona a quantidade de moedas tilintando nos cofres da igreja com a paz e a prosperidade que Deus pode dar a quem dá a Ele primeiro. É uma desvirtuação total do que diz a oração atribuída a São Francisco “pois é dando que se recebe”, esquecendo os mercadores das indulgências modernas de que a referida oração está tratando do relacionamento interpessoal e não de bens materiais. “Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado; compreender que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.” Esquecem os modernos vendedores de indulgências que o mais importante e fundamental da Graça de Cristo é que ela é exatamente isso: de graça. Se faço parte de uma associação, é claro que vou contribuir com o desenvolvimento financeiro dela, mas daí a pensar que sou mais abençoado a medida que dou mais, existe um abismo gigantesco. Nessa perspectiva, pessoas são diariamente trituradas, torturadas, espancadas em suas consciências por não poderem dar mais e são constantemente taxadas de homens de fé débil.
É de uma incoerência total criticar a igreja antes da reforma e elogiar a igreja que surgiu com a reforma protestante se o que vivemos agora é a mais pura, se não pior, expressão da realidade daquela época instauradas nos nossos dias.
O que fazer então? Aguardar o próximo Lutero e esperar sua reforma?
Esse próximo Lutero não virá nunca. Está nas mãos daqueles que compreendem a Graça de Cristo como algo realmente oferecido sem custas ao homem, fazer esta mudança, sem querer ter a pretensão de uma nova reforma religiosa. De reforma religiosas já estamos fartos e com ânsia de vômito. Não precisamos que se reforme a religião, mas que se transforme os corações, libertando-os do jugo de homens enganadores, vendedores de toda espécie de bugigangas espirituais.
Precisamos nos libertar dos famosos “compre o meu livro e você terá sua vida transformada”, “compre meu cd e seu louvor será um cântico novo”, “compre minha apostila e você será um homem de Deus aprovado”.
Basta! Não compremos falsas idéias e joguemos o que não presta fora! Despojemo-nos de toda sorte de mesquinharia pseudo-evangélica pra viver o que o verdadeiro evangelho é: vida com Cristo e vida em Graça e de graça.
O ser humano não estás a venda. Já fomos comprados por um alto preço. Não precisamos mais pagar por nada, nem por nossos pecados. Todos eles foram pagos na morte do Filho.
Vivamos então o que é fundamental na vida com Cristo: sua Graça nos basta.
Só para orientação dos leitores deste blog, que não estão familiarizados com a história da igreja e a história da reforma protestante enumero a grosso modo o que se segue.
1. Jesus Cristo edificou uma só igreja. A pluralidade de igreja que se tem hoje é fruto da nossa incompetência de gerir o que o mestre havia deixado: a unidade do seu corpo.
2. Com o passar dos anos, aquela pequena igreja fundada por Jesus, cresceu e desviou-se do propósito principal do mestre. “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” já não eram pontos importantes na igreja que crescia. Basta dar uma olhada básica nos livros de história e verificar essa realidade.
3. A partir do imperador romano Constantino, o cristianismo passa ser a religião oficial do império.
4. Instigado pelo Papa Leão X, Johann Tetzel começa a vender perdão de pecados (indulgências) para pessoas que estavam vivas, podendo essas comprar para seus queridos que já haviam morrido. As indulgências eram um dos meios utilizados pela igreja para angariar fundos para construção da basílica de São Pedro, em Roma.
5. Em 1517, Matin Lutero, monge agostiniano, publica 95 teses que feriam frontalmente os conceitos de Tetzel, do Papa e expunha este à realidade de que era incompetente para perdoar os pecados dos homens. Dessas 95 teses, surgiu o que conhecemos hoje como igreja protestante, ou reforma protestante.
Assistindo a história contata no filme, fui levado a questionar não aquele momento, pois já é história, mas o momento atual da igreja. É claramente perceptível que muito pouco mudou, e arriscaria dizer que muita coisa piorou de lá pra cá. Assim como se dizia que ao tilintar de moedas nos cofres da igreja, uma alma era liberta do purgatório, hoje, os líderes evangélicos, em sua maioria, que negam o dogma do purgatório passam pela mesma vergonha de valorizar muito mais o que a pessoa tem no lugar de valorizar a pessoa em si. No lugar de um documento que livrava a alma do pagante de todos os pecados (ou de quase todos, dependendo do valor pago), hoje se exibe outros tipos de artifícios para coletar dos fiéis o número máximo de valor monetário. Estamos vivendo dias de um verdadeiro mercado onde a mercadoria principal chama-se graça.(com letra minúscula para diferenciar da Graça de Cristo)
Uma passada rápida pelas principais denominações, e cada qual ao seu modo, relaciona a quantidade de moedas tilintando nos cofres da igreja com a paz e a prosperidade que Deus pode dar a quem dá a Ele primeiro. É uma desvirtuação total do que diz a oração atribuída a São Francisco “pois é dando que se recebe”, esquecendo os mercadores das indulgências modernas de que a referida oração está tratando do relacionamento interpessoal e não de bens materiais. “Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado; compreender que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.” Esquecem os modernos vendedores de indulgências que o mais importante e fundamental da Graça de Cristo é que ela é exatamente isso: de graça. Se faço parte de uma associação, é claro que vou contribuir com o desenvolvimento financeiro dela, mas daí a pensar que sou mais abençoado a medida que dou mais, existe um abismo gigantesco. Nessa perspectiva, pessoas são diariamente trituradas, torturadas, espancadas em suas consciências por não poderem dar mais e são constantemente taxadas de homens de fé débil.
É de uma incoerência total criticar a igreja antes da reforma e elogiar a igreja que surgiu com a reforma protestante se o que vivemos agora é a mais pura, se não pior, expressão da realidade daquela época instauradas nos nossos dias.
O que fazer então? Aguardar o próximo Lutero e esperar sua reforma?
Esse próximo Lutero não virá nunca. Está nas mãos daqueles que compreendem a Graça de Cristo como algo realmente oferecido sem custas ao homem, fazer esta mudança, sem querer ter a pretensão de uma nova reforma religiosa. De reforma religiosas já estamos fartos e com ânsia de vômito. Não precisamos que se reforme a religião, mas que se transforme os corações, libertando-os do jugo de homens enganadores, vendedores de toda espécie de bugigangas espirituais.
Precisamos nos libertar dos famosos “compre o meu livro e você terá sua vida transformada”, “compre meu cd e seu louvor será um cântico novo”, “compre minha apostila e você será um homem de Deus aprovado”.
Basta! Não compremos falsas idéias e joguemos o que não presta fora! Despojemo-nos de toda sorte de mesquinharia pseudo-evangélica pra viver o que o verdadeiro evangelho é: vida com Cristo e vida em Graça e de graça.
O ser humano não estás a venda. Já fomos comprados por um alto preço. Não precisamos mais pagar por nada, nem por nossos pecados. Todos eles foram pagos na morte do Filho.
Vivamos então o que é fundamental na vida com Cristo: sua Graça nos basta.
14.5.05
Sobre o meu deus e Deus
Durante toda a minha vida construí um deus particular. Ele estava presente em todos os momentos vividos por mim, fossem eles alegres ou tristes. Talvez, influenciado pela maneira como meus pais viam Deus, construí um deus que fosse particularizado por mim.
Na pretensão de um deus particular, me vi preso a um deus que não me era suficiente. As festas eram parciais e com alegrias momentâneas. Paradoxalmente ao que se espera de Deus, o meu deus não conseguia satisfazer-me naquilo que eu desejava. Sequer conseguia me fazer feliz.
Como na minha concepção, Deus é um ser supremo, todo poderoso e que tem controle de todas as coisas, tive que achar um culpado para o fato de que o meu deus fosse tão incompetente em me realizar nos meus desejos mais simples. Não conseguia, por mais que tentasse, culpar meus pais, pois eles eram felizes com o Deus que eles confessavam. Não podia culpar meus líderes religiosos, pois eles também pareciam felizes. Alguém tinha que ser culpado, então descobri que o culpado era eu. Isentando o meu deus de toda a culpa, bati o martelo da minha consciência de religioso e me encarcerei na realidade que se descortinava tão cruenta à minha frente. A culpa sempre foi minha. O meu deus era perfeito demais para ser culpado e além de tudo, ela era deus.
Pensei que, ao admitir minha culpa, o meu deus me traria de volta a perspectiva que havia perdido e me traria a alegria de confessá-lo como Deus assim como fora feito por meus pais. Mas o meu deus não cumpriu o seu papel. Continuei lamentando-me naquilo que mais me incomodava: se não consigo ser satisfeito com o meu deus, de que me serve tê-lo então?
Voltei meus olhos para a sua palavra, a bíblia. Julguei ter nela a vida eterna. Vi pessoas que sofriam por Deus, morriam por Deus e viviam por Deus para depois serem recompensadas por Deus. Vi pessoas que confessavam que tudo era de Deus, por Deus e para Deus. Mas notei a real diferença do meu deus para o Deus que encontrei em sua palavra, quando pude ver o filho dizendo ao pai: “Deus meu, porque me desamparaste?” Foi vendo o desamparo do filho, que percebi o quanto eu estava desamparado, pois se Ele, o filho se sentia desamparado, o que diria eu?
Vi, então, que o filho tratava Deus não como propriedade de seus prazeres, mas como finalidade de sua vida, mesmo que isso significasse total desamparo. Percebi que o meu deus é quem era impotente e o Deus meu, poderoso em todas as suas ações, mesmo que o seu desejo fosse deixar-me momentaneamente em situações onde a única coisa que me coubesse era clamar por Ele.
Houve o encontro e houve a festa! Ousei chamá-lo de Pai e entendendo-o como Pai, fui entendido por Ele. Hoje a festa é constante e duradoura. Hoje não tenho mais nenhum deus, mas sei o quanto Deus me tem a mim.
Na pretensão de um deus particular, me vi preso a um deus que não me era suficiente. As festas eram parciais e com alegrias momentâneas. Paradoxalmente ao que se espera de Deus, o meu deus não conseguia satisfazer-me naquilo que eu desejava. Sequer conseguia me fazer feliz.
Como na minha concepção, Deus é um ser supremo, todo poderoso e que tem controle de todas as coisas, tive que achar um culpado para o fato de que o meu deus fosse tão incompetente em me realizar nos meus desejos mais simples. Não conseguia, por mais que tentasse, culpar meus pais, pois eles eram felizes com o Deus que eles confessavam. Não podia culpar meus líderes religiosos, pois eles também pareciam felizes. Alguém tinha que ser culpado, então descobri que o culpado era eu. Isentando o meu deus de toda a culpa, bati o martelo da minha consciência de religioso e me encarcerei na realidade que se descortinava tão cruenta à minha frente. A culpa sempre foi minha. O meu deus era perfeito demais para ser culpado e além de tudo, ela era deus.
Pensei que, ao admitir minha culpa, o meu deus me traria de volta a perspectiva que havia perdido e me traria a alegria de confessá-lo como Deus assim como fora feito por meus pais. Mas o meu deus não cumpriu o seu papel. Continuei lamentando-me naquilo que mais me incomodava: se não consigo ser satisfeito com o meu deus, de que me serve tê-lo então?
Voltei meus olhos para a sua palavra, a bíblia. Julguei ter nela a vida eterna. Vi pessoas que sofriam por Deus, morriam por Deus e viviam por Deus para depois serem recompensadas por Deus. Vi pessoas que confessavam que tudo era de Deus, por Deus e para Deus. Mas notei a real diferença do meu deus para o Deus que encontrei em sua palavra, quando pude ver o filho dizendo ao pai: “Deus meu, porque me desamparaste?” Foi vendo o desamparo do filho, que percebi o quanto eu estava desamparado, pois se Ele, o filho se sentia desamparado, o que diria eu?
Vi, então, que o filho tratava Deus não como propriedade de seus prazeres, mas como finalidade de sua vida, mesmo que isso significasse total desamparo. Percebi que o meu deus é quem era impotente e o Deus meu, poderoso em todas as suas ações, mesmo que o seu desejo fosse deixar-me momentaneamente em situações onde a única coisa que me coubesse era clamar por Ele.
Houve o encontro e houve a festa! Ousei chamá-lo de Pai e entendendo-o como Pai, fui entendido por Ele. Hoje a festa é constante e duradoura. Hoje não tenho mais nenhum deus, mas sei o quanto Deus me tem a mim.
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